Limites

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20.3.08



Queridos Amigos

É com orgulho que os chamo assim: amigos.
Tenho orgulho mas também saudade, muita saudade.
Sinto falta da nossa família e do sentimento de cumplicidade que nos unia;
sinto falta da proteção e do acolhimento que havia nos nossos laços. Sinto falta de vocês.

Tenho visto que poucas são as pessoas de sorte que encontram 'amigos para uma vida'.
Nós, cada um vindo de um canto, nos encontramos e nos amamos.
Como diz a canção da Vanessa da Matta 'entre tantos anos, entre tantos outros (...) entre tantos séculos, que sorte a nossa, hein...'
Putz!,que sorte a nossa.

Poderíamos ter nascido em eras diferentes, em lugares distantes demais,
poderíamos ter tido criações demasiadamente diferentes a ponto de sermos incompatíveis.
Se fossemos outros, talvez tivéssemos perdido a possibilidade de formar aquele vínculo de amor que ainda hoje traz tanta saudade a cada um de nós. Se fossemos outros, seríamos, apenas, como tantos outros.

Um dia...uns dias...aos poucos...um de cada vez...Foi assim nos conhecemos, ou melhor, foi assim nos reconhecemos.
Em cada olhar, em cada conversa, em cada pedido, em cada oferta,
cada vez que nos doávamos, nos tornávamos mais semelhantes.

Nós nunca fomos sozinhos.
Juntos, nós sempre fomos completos.

A vocês, minha saudade.