Para viver de verdade tem que andar descalço, se sujar de barro e desviar do caco.
Tem que saber que a hora do risco pode ser a hora da conquista; tem que ser único mesmo que para isso seja preciso brigar com o mundo.
É importante ficar atento e perceber que, de longe, a beira do mar e beira do abismo parecem estar do mesmo lado da calçada... para enxergar precisa estar perto, para decidir são poucos instantes.
O horizonte não é de quem vê mas de quem o busca.
Para conquistá-lo, talvez seja preciso mudar a rota e fugir das correntes frias,
porque quem não muda o rumo repete os erros e enfrenta uma vida cíclica.
Apesar de todos esses riscos, de todos esses perigos e ilusões, a vida é passiva e sempre estará esperando ser tocada, ser guiada, ser des-ven-da-da.
Não é dela a tarefa, não é dela o cuidado.
A vida é de vidro, é de pedra, é "febre terçã", são águas que regam e inundam,
que brotam e alagam, que escorrem e cascatam.
É a vida é a vida, é a vida é a vida.
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