Limites

Limites

7.10.15

O verbo Ser



Hasteei a vela e naveguei. Quando percebi já não via terra. Fui para longe e me perdi.
A cada légua corrida, a referência perdida. Perdido, distante e remoto.
Vivendo entre tempestades, cria no dia em que o céu desanuviaria.
De tanto olhar para o alto e procurar sinais de bonança, desisti de contar os dias.
A chuva passou. O mar não baixou. Não há um ramo verde.
É o dilúvio da minha refundação.

Ainda há muito que se navegar.
Porque é preciso.
Tanto quanto. Viver. Preciso.
Quando for novamente inundado, reviverei.
Afogado por novos sonhos, navegarei.
Navegarei. Para longe, para dentro. Para outras terras onde renascerei.

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