"Eles tiveram notícia de que aquele sujeito, que havia se mudado de Chicago para o interior do Kentucky, era policial aposentado e costumava tocar gaita-de-fole em cerimônias para homenagear seus companheiros mortos em trabalho. Com a morte de um grande amigo, resolveram convidar o ex-policial para tocar no enterro. Apesar de não conhecer a família, de estar aposentado e já não tocar há algum tempo, aceitou.
Como estava na cidade há pouco tempo, acabou perdendo-se pelas estradas do interior, entrou em fazendas por engano e chegou 1 hora e meia atrasado ao sepultamento. Todos já haviam ido embora: pastor, familiares, amigos, apenas os coveiros descansavam a poucos metros de distância. Olhando o caixão já baixado, ainda que sozinho, começou a tocar sua gaita com a mesma emoção que tinha quando rendia as últimas homenagens a alguém próximo. E chorou enquanto tocava."
Viver a dor do outro, ainda que distante; usar seus talentos sem pedir nada em troca; dar seu tempo para cuidar de prioridades que não são suas. Isso faz toda a diferença. E cada um de nós, se quiser, pode fazer diferença e marcar a vida de muitos outros.
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