Limites

Limites

16.3.10

Curtas

Por alguma razão desconhecida gosto de biografias. Estou lendo a de Francisco de Assis Chateubriand Bandeira de Melo ("Chatô - O Rei do Brasil" de Fernando Morais) e confesso que tanto a história do homem quanto a escrita de Fernando têm me envolvido. Não sei se é o enredo que facilita o trabalho do escritor ou o talento deste que torna a prosa mais atraente. De qualquer maneira, hoje consegui romper a barreira das 200 páginas mas o final ainda está longe. Uma vida que rende 700 páginas bem escritas é raro. Sinceramente ainda não descobri se, dentro dos meus sonhos, prefiro ter o talento de quem é capaz de escrever um livro desses ou se o personagem central tão cheio de causos.

**********************************************************

Há alguns momentos em que me sinto incomodado a sair de casa e juntar-me à massa. Apesar de com o passar dos anos estar ficando avesso a multidões, aglomerações e afins, as conversas políticas que me atraem vez por outra cutucam o que, na falta de uma definição melhor, vou chamar de 'Minha Cidadania'.

Isso que para mim soa como dever cívico, como obrigação em engrossar o coro por mudanças, em exigir que a letargia seja extirpada, já me levou à passeata dos Caras Pintadas em 1992 e agora me incomoda a repetir o mesmo trajeto (Candelária-Cinelândia) contra a Emenda Ibsen.
Apesar da relevância do tema (tudo que envolve dinheiro.....), vejo como mais importante o engajamento tanto do Governo quanto das pessoas nessa briga. Há tempos estamos dormindo, deixamos o abandono nos cercar, os buracos nos engolirem, as favelas maltratarem os favelados e (ainda)não-favelados...

Certamente, caso aprovada a Emenda Ibsen, o substitutivo do Senador Pedro Simon ou qualquer outro golpe semelhante estaremos, povo do Rio de Janeiro, mais uma vez violentados em nome do que chamam de interesse nacional.

Quarta-feira estarei lá e voltarei pra falar mais sobre a recente história de perdas que temos sofrido desde 21 de abril de 1960.

3 comentários:

Bibi disse...

Acho a manifestação legítima, mas sempre desconfio dos meandros, das coisas ocultas que sempre interagem por trás das manifestações das massas (não engendradas pela massa)...

Rodrigo Albuquerque Maranhão disse...

Bia, as coisas ocultas não me importam, afinal, não dá pra controlá-las...

Bibi disse...

Claro que dá para controlá-las! É uma questão de observação e opção! E se ainda assim vc optar a favor, como o fez, é baseado nas suas verdades, que são legítimas a você.